Na manhã desta quarta-feira (19), o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma “Carta aos Petistas”, que visa estimular o debate interno e delinear uma agenda para os próximos anos. A iniciativa ocorre em um momento crucial para o partido, que se prepara para as eleições de 2026 e enfrenta a crescente ameaça da extrema-direita.
A carta destaca a importância de uma reflexão sobre os desafios atuais. Em um contexto em que o conservadorismo ganha força, o PT enfatiza a necessidade de articular estratégias que defendam os valores democráticos e progressistas.
“A ascensão da extrema-direita não é apenas um fenômeno político; é um ataque direto ao que acreditamos enquanto partido. Precisamos ser audaciosos e criativos em nossas respostas”, afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante a coletiva de imprensa que acompanhou o lançamento.
Outro ponto central da carta é a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. O PT considera essa reeleição vital não apenas para a continuidade de seu projeto político, mas também como um contrapeso à polarização crescente no país. A carta argumenta que, para reverter a instabilidade política e social, é preciso unir forças e construir uma frente ampla em defesa da democracia.
Além disso, o documento aborda a necessidade de adaptação às mudanças no mercado de trabalho, que têm afetado milhões de brasileiros, especialmente os mais jovens. O partido propõe a elaboração de políticas públicas que garantam direitos e assegurem proteções adequadas aos trabalhadores em um cenário de crescente precarização.
Em relação à Paraíba, onde o PT apresenta uma expressão significativa, a carta convoca os petistas a fortalecerem suas bases e trabalharem na escolha de candidatos estratégicos para as próximas eleições. A meta é revitalizar a vida partidária e ampliar a representatividade nas esferas municipal e estadual.
A “Carta aos Petistas” propõe ainda a integração de novas tecnologias na comunicação interna do partido, visando a recriação e o rejuvenescimento da militância.
“A participação da juventude é crucial, e precisamos utilizar todos os recursos disponíveis para engajá-los de forma efetiva”, acrescentou Hoffmann.
