Taxação do alumínio e aço afeta relação mercantil histórica entre Brasil e EUA, afirma presidente da CNI

A taxação de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre o aço e alumínio exportados pelo Brasil tem causado preocupação para o setor industrial brasílio. De convénio com a Confederação Vernáculo da Indústria (CNI), a medida, que entrou em vigor no dia 12 de março, afeta a competitividade do setor produtivo.
Entre as principais consequências, a entidade aponta impactos negativos quanto à “complementariedade e parceria consolidadas entre as indústrias brasileira e norte-americana.”
O presidente da CNI, Ricardo Alban, lembra que, historicamente, a relação entre os dois países tem valorizado as vantagens competitivas de cada país. Na avaliação dele, a taxação revela que há uma falta de percepção da complementariedade construída ao longo dos anos.
“O reposicionamento global dos Estados Unidos nos preocupa. Não temos incerteza de que há um equívoco quanto à relação com o Brasil, principalmente no que tange ao aço e ao alumínio”, destaca.
De convénio com a CNI, o país norte-americano é o principal parceiro do Brasil nas exportações da indústria de transformação, sobretudo em negociações de produtos com maior intensidade tecnológica, negócio de serviços e investimentos bilaterais.
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No ano pretérito, a indústria de transformação vernáculo exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para os Estados Unidos. Outrossim, 54% das exportações brasileiras de ferro e aço são para aquele país.
Em relação ao alumínio, os Estados Unidos são considerados um importante parceiro mercantil, uma vez que as exportações brasileiras do metal correspondem a 16,8%, com movimentação de US$ 267 milhões. Quanto ao volume, os Estados Unidos foram o rumo de 13,5% das exportações brasileiras de produtos de alumínio.
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