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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, nomeou o professor e historiador Jivago Correia Barbosa como novo superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, na Paraíba. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União, conforme a reportagem original, “da última quinta-feira (13)”.
A publicação oficial e a cobertura local informam que a notícia foi divulgada pelo veículo no dia “Publicado em 16/11/2025 às 13:56”. A troca na superintendência marca a saída do antropólogo Emanuel Oliveira Braga, que ocupava o posto desde a nomeação “nomeado em agosto de 2023”.
Em entrevista ao Conversa Política, Jivago Barbosa explicou que assumiu o cargo a partir de um convite do próprio Emanuel Braga, que precisou deixar a pasta. Sobre o processo de indicação, ele disse textualmente, “Meu nome foi levado ao presidente do Iphan, Leandro Grass, para eles consultarem e a partir desse diálogo meu nome foi indicado”.
O novo superintendente também afirmou que é filiado ao PT, e reconheceu que a nomeação teve também uma articulação política envolvendo o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos), junto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nomeação, portanto, combina um convite interno, consulta institucional, e alinhamentos políticos, segundo o próprio indicado.
Formado em História, Jivago Correia Barbosa é doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, e mestre e graduado em História pela Universidade Federal da Paraíba, UFPB. É professor efetivo no Instituto Federal da Paraíba, IFPB, campus João Pessoa, onde leciona disciplinas como História e Metodologia Científica.
Na pós-graduação, ele atua como professor convidado no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas da UFPB, contribuindo com a disciplina “Memórias, Patrimônios e Direitos Humanos”. No IFPB, participa do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica, ProfEPT, ministrando o componente “Organização e Memória de Espaços Pedagógicos”.
Jivago lidera o Grupo Interdisciplinar de Estudo e Pesquisa em Educação e Ciências Humanas, GIEPECH/IFPB, e preside a comissão responsável pela criação do Memorial/Museu da Educação Profissional e Tecnológica da Paraíba. É pesquisador da Fundação Casa de José Américo, onde coordena o projeto “1930 a caminho do centenário: convergências bibliográficas e fontes digitais (BR 1930)”.
Ao assumir a superintendência do Iphan na Paraíba, Jivago Barbosa herda um cargo que já foi alvo de debate público. A nomeação de Emanuel Braga, em 2023, havia gerado polêmica promovida pelo Fórum de Patrimônio Cultural de João Pessoa, que exigia que a superintendência fosse ocupada por um nome técnico, com experiência comprovada na área, e não tratada como moeda de troca política.
Com a chegada de Jivago, que possui formação acadêmica voltada a história política da Paraíba e do Brasil, incluindo pesquisas sobre José Américo de Almeida e a Era Vargas, o novo superintendente terá a missão de conciliar demandas técnicas de preservação do patrimônio, políticas públicas culturais, e expectativas de segmentos da sociedade civil e do campo acadêmico.
Entre suas áreas de atuação e interesse, destacam-se patrimônio cultural, memória social, e educação patrimonial. Espera-se que sua experiência na gestão acadêmica e em projetos de memória contribua para avançar iniciativas locais, como o Memorial da Educação Profissional, e fortalecer ações de proteção do patrimônio material e imaterial na Paraíba.
A nomeação de Jivago Barbosa para a superintendência do Iphan na Paraíba representa, segundo fontes, um esforço para combinar capacidade técnica e articulação política, em um contexto em que a defesa do patrimônio tem ocupado espaço crescente no debate público regional.