tesouro direto: vendas em outubro somam r$ 7,17 bilhões, recorde para o mês

Tesouro Direto: vendas em outubro somam R$ 7,17 bilhões, recorde para o mês

Tesouro Direto: vendas atingiram R$ 7,17 bilhões em outubro, alta de 4,59% sobre setembro

As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet bateram recorde para meses de outubro, divulgou nesta quarta-feira (26) o Tesouro Nacional. No mês passado, o Tesouro Direto vendeu R$ 7,17 bilhões, cifra que representa um aumento de 4,59% em relação a setembro, quando as vendas somaram R$ 6,86 bilhões, e é 27,03% maior que outubro do ano passado.

O resultado reforça o interesse dos investidores por títulos públicos em um cenário de juros elevados. O recorde de vendas para todos os meses foi registrado em março deste ano, quando foram vendidos R$ 11,69 bilhões, segundo o próprio Tesouro Nacional.

Que títulos atraíram mais investidores

Em outubro, os papéis mais procurados foram os vinculados à taxa básica de juros. A participação desses títulos nas vendas somou 48,1%. Os títulos corrigidos pela inflação, pelo IPCA, corresponderam a 32,2% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, totalizaram 10,6%.

Produtos mais recentes também aparecem nas vendas. Destinado ao financiamento de aposentadorias, o Tesouro Renda+, lançado no início de 2023, respondeu por 7,2% das vendas. Já o novo título Tesouro Educa+, criado em agosto de 2023 para financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu 1,9% das vendas.

Por que cresce o interesse por títulos atrelados à Selic e à inflação

O Tesouro Nacional relaciona o apetite por papéis atrelados à Selic ao nível da taxa básica de juros. Conforme divulgado, a taxa, que estava em 10,5% ao ano até setembro do ano passado, foi elevada para 15% ao ano, tornando títulos com remuneração atrelada à Selic mais atrativos.

Além disso, os títulos indexados ao IPCA têm chamado atenção por causa da expectativa de alta da inflação oficial nos próximos meses. Com isso, tanto papéis pós-fixados quanto indexados à inflação seguem entre as preferências dos investidores.

Estoque, captação e balanço

O estoque total do Tesouro Direto superou a marca de R$ 200 bilhões pela primeira vez, atingindo R$ 200,97 bilhões no fim de outubro. Segundo o Tesouro, houve alta de 2,89% em relação ao mês anterior, quando o estoque estava em R$ 180,35 bilhões, e alta de 36,68% em relação a outubro do ano passado, quando o estoque era R$ 145,39 bilhões.

Essa elevação do estoque ocorreu em parte por causa da correção pelos juros e também porque as vendas superaram os resgates em R$ 3,71 bilhões no último mês. O Tesouro Direto lembra que a venda de títulos é uma das formas do governo captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos, em troca do compromisso de devolver o valor com um adicional que pode variar conforme a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

Perfil dos investidores e operações

Em relação ao número de investidores, 238.716 participantes passaram a fazer parte do programa no mês passado, elevando o total para 33.766.759. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 11,7%. O total de investidores ativos, ou seja, com operações em aberto, chegou a 3.257.794, aumento de 20,7% em 12 meses.

O uso do Tesouro Direto por pequenos investidores fica evidente na quantidade de operações de pequeno valor. Das 969.001 operações de venda ocorridas em outubro, 80,2% corresponderam a vendas de até R$ 5 mil. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 56,2%. O valor médio por operação atingiu R$ 7.631,62.

Os investidores também estão preferindo papéis de prazo mais curto. As vendas de títulos de até cinco anos representam 54,9% do total, as operações com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 27,3%, e os papéis com prazo superior a dez anos representaram 17,7% das vendas.

O Tesouro Nacional informa que “O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente“.

Como isso afeta quem quer investir

Para quem pensa em aplicar, o momento de juros elevados torna o Tesouro Direto uma alternativa atraente para diferentes objetivos, seja proteção contra a inflação, renda prefixada ou poupança para aposentadoria e educação.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para facilitar o acesso de pessoas físicas a títulos públicos pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador paga apenas uma taxa à B3, descontada nas movimentações dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

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