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O lateral direito Danilo, um dos jogadores mais experientes e vitoriosos do atual elenco do Flamengo, escreveu mais um capítulo glorioso em sua carreira neste sábado (29). Com um gol de cabeça decisivo, ele garantiu a quarta Libertadores da América para o clube carioca, um feito inédito para o futebol brasileiro. Essa conquista não apenas solidifica a hegemonia do Flamengo, mas também insere Danilo em um seleto grupo de ídolos.
Danilo agora divide um espaço de honra com outros craques rubro-negros, como Gabigol e Zico, sendo um dos poucos a marcar em finais de Libertadores pelo Flamengo. Sua chegada ao clube, aos 33 anos, no início deste ano, marcou o retorno de um atleta com uma bagagem impressionante do futebol europeu, onde defendeu gigantes como Porto, Real Madrid, Manchester City e Juventus.
A trajetória de Danilo pela Seleção Brasileira também é notável. Sua estreia ocorreu em 2011, ano em que conquistou a Copa do Mundo Sub-20. Em 2012, fez parte da equipe que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres. Pela seleção principal, esteve presente nas Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar. Sob o comando de Carlo Ancelotti, acumulou três convocações, demonstrando sua relevância contínua.
Curiosamente, Danilo já possuía uma relação especial com a Libertadores. Ele havia conquistado o título em 2011, atuando pelo Santos. Naquela ocasião, marcou o segundo gol na vitória por 2 a 1 sobre o Peñarol, na partida de volta da final. Aos 34 anos, sua versatilidade é um trunfo, podendo atuar tanto como zagueiro quanto como lateral direito, fruto de uma dedicação que se iniciou muito antes de se tornar profissional.
Danilo não esconde o orgulho de sua origem humilde. Natural de Bicas, uma pequena cidade mineira com cerca de 15 mil habitantes, ele enfrentou inúmeros desafios para realizar seu sonho. Para buscar oportunidades, viajou diversas vezes com seu pai, que era caminhoneiro, recebendo muitos “nãos” pelo caminho e até arriscando atuar como goleiro para ter uma chance.
A virada começou em 2004, quando ouviu um “sim” do Tupynambás, onde permaneceu até 2005. As dificuldades persistiram, mas um amistoso em 2007 o levou ao América-MG, clube onde se profissionalizou. A partir daí, sua carreira decolou, passando pelo Santos e, em seguida, conquistando o mundo.
No Santos, além da Libertadores de 2011, também levantou o troféu do Campeonato Paulista. Sua passagem pelo Porto rendeu o Campeonato Português nas temporadas 2011-12 e 2012-13. No Real Madrid, acumulou conquistas expressivas, incluindo a Champions League em 2015-16 e 2016-17, a Supercopa da UEFA em 2016, o Mundial de Clubes da FIFA em 2016 e La Liga na temporada 2016-17.
No Manchester City, somou títulos da Premier League e da Copa da Liga Inglesa nas temporadas 2017-18 e 2018-19. Na Itália, defendendo a Juventus entre 2019 e 2025, conquistou a Copa da Itália (2020-21 e 2023-24), a Supercopa Italiana (2020) e o Campeonato Italiano (2019-20).
Visivelmente emocionado após a partida, Danilo revelou que seu pai não pôde estar presente em Lima, no Peru, devido ao falecimento de uma tia. Em entrevista ainda no gramado, ele dedicou o gol e o título à sua família, que acompanhou pela televisão o menino de Bicas escrever mais um capítulo de sua vitoriosa história no futebol.