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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu um passo incomum ao apresentar um pedido formal de **perdão presidencial** ao presidente Isaac Herzog. A solicitação, feita neste domingo (30), visa encerrar os processos criminais nos quais Netanyahu é réu por acusações de **corrupção**, incluindo suborno, fraude e quebra de confiança. Segundo o premiê, os processos em andamento estão **prejudicando sua capacidade de governar** o país e que um indulto seria do interesse da sociedade israelense.
Em sua defesa, Netanyahu nega veementemente todas as acusações. Seus advogados reforçaram, em carta enviada ao gabinete presidencial, a confiança de que o processo judicial resultará em uma **absolvição total**. Em uma declaração em vídeo divulgada por seu partido, o Likud, Netanyahu afirmou: “Meus advogados enviaram hoje um pedido de perdão ao presidente do país. Espero que qualquer pessoa que deseje o bem do país apoie esta medida”.
A iniciativa do premiê gerou reações imediatas na política israelense. O líder da oposição, Yair Lapid, foi enfático ao exigir que, para ter direito a um perdão presidencial, Netanyahu deveria se declarar culpado, expressar arrependimento e **se retirar imediatamente da vida política**. Além disso, no início de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta a Isaac Herzog, pedindo que considerasse a concessão de um indulto a Netanyahu. Trump descreveu o caso como uma “perseguição política e injustificada”, elogiando a atuação de Netanyahu em questões de segurança, como o combate ao Irã.
Benjamin Netanyahu foi indiciado em três processos a partir de 2019. Um dos casos mais notórios envolve o recebimento de presentes de empresários, totalizando quase 700 mil shekels (aproximadamente R$ 1,1 milhão), incluindo itens como champanhe e charutos. O presidente de Israel, embora exerça um papel majoritariamente cerimonial, possui a prerrogativa de conceder perdão a criminosos condenados em **circunstâncias incomuns**. No entanto, o julgamento de Netanyahu, que teve início em 2020 e sofreu interrupções devido a dois anos de guerra e instabilidade no Oriente Médio, ainda não chegou a uma decisão final. O premiê mantém sua posição de inocência, negando qualquer irregularidade em suas condutas.