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O influenciador digital Hytalo Santos, preso desde agosto, teve seu depoimento à Justiça exibido pelo programa Fantástico. Ele é acusado de explorar menores de idade em vídeos divulgados na internet, em um caso que ganhou repercussão após vídeos do também influenciador Felca denunciarem a chamada “adultização” de crianças e adolescentes.
Em sua fala para as autoridades, Hytalo Santos expressou seu sofrimento com a situação. “Eu me sinto até um pouco constrangido por ter feito tanto por essas crianças, tanto por esses adolescentes que estão colocados aqui nos autos e ter que responder, por mais que seja obrigatório estar respondendo aqui, mas me dói, me dói muito”, declarou o influenciador.
Segundo Hytalo, os vídeos em questão não continham cenas pornográficas ou de cunho sexual. Ele afirmou que o conteúdo retratava a rotina e as coreografias do ritmo brega funk, que é muito popular nas periferias. “Eu nunca cheguei a gravar vídeos com cenas pornográficas nem com cunho sexual”, disse.
O influenciador explicou que o objetivo era mostrar a cultura de onde ele veio. “E a gente só gravava a nossa rotina com a cultura de periferia, que é de onde eu venho. Entre Recife e João Pessoa, o ritmo mais escutado hoje, daqui, produzido e está no Brasil inteiro, do ritmo de brega funk”, detalhou.
Hytalo Santos defende que as coreografias e os passos utilizados em seus vídeos, que por alguns são interpretados de forma sexualizada, para ele e sua comunidade representam arte. “Que as coreografias e os passos usados, por alguns, é visto com esse olhar. Mas para a gente que é da periferia é arte”, argumentou.
A polêmica em torno do influenciador levanta discussões importantes sobre a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital e a forma como a cultura popular, especialmente a de periferia, é representada e percebida.
Hytalo Santos e seu marido estão presos desde agosto deste ano, após a divulgação do conteúdo que gerou forte reação nas redes sociais. A investigação busca determinar a natureza exata dos vídeos e se houve, de fato, exploração de menores.
A repercussão do caso também reacendeu o debate sobre a responsabilidade de influenciadores digitais na criação e disseminação de conteúdo, especialmente quando envolvem menores de idade. A legislação brasileira prevê punições severas para crimes de exploração sexual e pornografia infantil.