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A Justiça da Argentina deu um passo significativo no caso Braiscompany ao autorizar a extradição de Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias, os proprietários da empresa. A decisão permite que o casal, investigado por supostamente aplicar um golpe em clientes que investiram em criptomoedas, seja enviado de volta ao Brasil para responder às acusações.
Antônio Ais e Fabrícia Farias foram presos na Argentina em fevereiro de 2024, após um ano foragidos. A captura foi resultado de uma operação conjunta entre a Polícia Internacional (Interpol) e a Polícia Federal do Brasil, que vinha buscando os foragidos desde 2023. A prisão do casal foi divulgada nas redes sociais pela ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, com imagens da ação.
Apesar da autorização de extradição, o casal ainda possui o direito de recorrer da decisão na Argentina. Até o momento, não há uma previsão oficial sobre quando Antônio Ais e Fabrícia Farias poderão ser efetivamente transferidos para o Brasil. A Justiça brasileira já havia expedido um pedido de prisão preventiva contra os dois em 24 de fevereiro de 2023, pela 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande. A solicitação foi feita pelo delegado responsável pela Operação Halving, com o objetivo de incluir os nomes do casal na lista de difusão vermelha da Interpol.
A Braiscompany atuava no mercado de gestão de ativos digitais e oferecia soluções em tecnologia blockchain. A empresa prometia aos seus clientes retornos financeiros através da locação de criptomoedas, recebendo valores em dinheiro e realizando os pagamentos acordados. No entanto, o esquema teria fracassado, resultando em perdas financeiras expressivas para diversos clientes, tanto na Paraíba quanto em outras regiões do Brasil. O caso ganhou notoriedade ao envolver também personalidades públicas, como o ex-lutador Popó.
O advogado Artêmio Picanço, com vasta experiência em direito empresarial, mercado de capitais e criptoativos, tem acompanhado de perto o desenrolar do caso Braiscompany. Ele ofereceu sua perspectiva sobre a autorização de extradição, destacando a importância da colaboração internacional para a resolução de crimes financeiros transnacionais. A atuação de órgãos como a Interpol e a Polícia Federal é fundamental para garantir que os responsáveis sejam levados à justiça, independentemente de onde estejam foragidos.
A expectativa agora é pela concretização da extradição, que permitirá que as investigações no Brasil avancem com a presença dos acusados. O caso Braiscompany serve como um alerta sobre os riscos envolvidos em investimentos de alta rentabilidade, especialmente no volátil mercado de criptomoedas, e a importância de se ter cautela e buscar informações sólidas antes de aplicar o dinheiro.