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Uma paralisação geral dos caminhoneiros está prevista para iniciar nesta quinta-feira, 4 de dezembro. A convocação partiu de Francisco Dalmora, um dos líderes proeminentes da categoria no Brasil, também conhecido como ‘Chicão dos Caminhoneiros’. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele aparece ao lado de representantes jurídicos, formalizando o protocolo para a greve nacional.
Segundo Chicão, o objetivo do movimento é se apresentar como uma ação organizada, com a participação de diversas lideranças do setor. A iniciativa busca garantir a legalidade jurídica do ato, conforme declarado por ele em vídeo: “Estaremos protocolando o movimento para trazermos a legalidade jurídica dessa ação que vamos iniciar a partir do dia 4 de dezembro. Doutor Sebastião Coelho estará conosco, nos acompanhará. Teremos todo o suporte jurídico necessário para o ato e dentro da legalidade que a lei estabelece”.
Apesar de ter sido lembrado por parte da classe como um antigo aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Chicão enfatiza que o movimento não possui caráter político ou partidário. A greve, segundo ele, é focada exclusivamente na luta por **melhorias e avanços para a categoria dos caminhoneiros**.
Em contraste com a convocação nacional, a situação na Paraíba diverge. Emerson Galdino, presidente da Associação dos Caminhoneiros no estado, concedeu entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, e afirmou que o estado **não irá aderir à greve nacional**.
Galdino explicou os motivos para a não adesão, destacando a falta de organização e definição das pautas. “A gente tem o entendimento de que qualquer greve, uma coisa nacional principalmente, precisaria ter em todo o trâmite, teria que ter assembleia, a gente teria que definir quais seriam as pautas de reivindicações e infelizmente isso não aconteceu”, declarou em entrevista à Arapuan FM.
A declaração de Emerson Galdino indica que, apesar da articulação nacional liderada por Chicão dos Caminhoneiros, as associações locais na Paraíba optaram por um caminho diferente, priorizando a **organização interna e a definição clara das reivindicações** antes de participar de paralisações em larga escala.
A convocação para a greve surge em um momento de atenção às demandas dos caminhoneiros, que historicamente têm buscado melhores condições de trabalho e remuneração justa. A organização de um movimento nacional, mesmo que com questionamentos sobre sua abrangência e representatividade, **sempre gera expectativa e atenção** quanto aos seus possíveis desdobramentos.
O anúncio de uma paralisação pode ter impactos em diversos setores da economia, afetando o **transporte de cargas**, o abastecimento de produtos e, consequentemente, os preços para o consumidor. A forma como o movimento se desenvolverá e quais serão suas consequências logísticas e econômicas ainda são pontos de observação.
A posição da associação paraibana reforça a importância do **diálogo e da organização democrática** dentro das categorias profissionais. A realização de assembleias e a definição coletiva de pautas são vistas como essenciais para a legitimidade e o sucesso de movimentos reivindicatórios.
Enquanto a greve nacional começa a ganhar contornos, a divergência de opiniões e estratégias entre diferentes grupos de caminhoneiros demonstra a **complexidade das articulações** no setor. O desfecho desta mobilização e a forma como as demandas serão tratadas prometem ser acompanhados de perto por toda a sociedade brasileira.