taxa de desemprego cai a 5,4%, menor desde 2012, diz ibge

Taxa de desemprego cai a 5,4%, menor desde 2012, diz IBGE

Taxa de desemprego de 5,4%, menor desde 2012, com recorde em carteiras assinadas e rendimento

O mercado de trabalho brasileiro registrou resultados positivos no trimestre encerrado em outubro, segundo dados divulgados pelo IBGE. A Taxa de desemprego ficou em 5,4%, o menor índice desde o início da série histórica do Instituto, em 2012.

Resultados principais

Segundo a pesquisa, “Taxa de desemprego cai para 5,4%, a menor desde 2012”. No trimestre móvel anterior, terminado em setembro, a taxa era de 5,6%, e no mesmo período de 2024 havia sido de 6,2%.

O levantamento também aponta que “O número de ocupados atingiu 5,910 milhões, menor contingente da série histórica”. Esse total representa queda de 11,8%, com (menos 788 mil pessoas procurando emprego) em relação ao mesmo trimestre de 2024.

Além disso, “O total de ocupados com carteira assinada chegou a 39,182 milhões, outro recorde da pesquisa”. O rendimento médio do trabalhador atingiu R$ 3.528, que é, nas palavras do levantamento, “o maior valor registrado na série histórica do IBGE”.

O que mudam esses números

Os dados mostram uma melhora na formalização do emprego, com aumento no número de trabalhadores com carteira assinada. Esse movimento fortalece a renda média registrada pela pesquisa, e contribui para a queda da taxa de desemprego. A presença de mais vagas formais tende a aumentar proteção social e estabilidade salarial para os trabalhadores.

Ainda que o contingente total de ocupados tenha apresentado queda em comparação com 2024, a qualidade das vagas, medida pela formalização e pelo rendimento, registrou avanço, refletindo mudanças no perfil do emprego no curto prazo.

Metodologia e abrangência

A PNAD Contínua do IBGE considera pessoas com 14 anos ou mais e inclui todas as formas de ocupação, com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria. A própria pesquisa lembra que “Pelos critérios do instituto, só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procurou uma vaga 30 dias antes da pesquisa”, e que são visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Esses critérios explicam parte das variações observadas entre indicadores, já que diferentes levantamentos usam metodologias distintas para medir ocupação e desemprego.

Dados complementares e contexto

A divulgação da PNAD veio no dia seguinte ao balanço do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com o Caged, outubro apresentou saldo positivo de 85,1 mil vagas formais. Em 12 meses, o balanço é positivo em 1,35 milhão de postos com carteira assinada.

Para entender o quadro de forma completa, é importante observar que a maior taxa registrada na série histórica foi de 14,9%, alcançada nos trimestres móveis encerrados em setembro de 2020 e em março de 2021, ambos no auge da pandemia de covid, cenário que serviu de comparação para a evolução recente do mercado.

Em resumo, a Taxa de desemprego em 5,4% combina queda na procura por trabalho, redução do contingente de ocupados, e avanço na formalização e nos rendimentos, indicadores que mostram um mercado de trabalho com sinais mistos, porém com melhoras relevantes na qualidade do emprego.

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