Saúde

Crianças, Adolescentes e Telas: guia do governo recomenda o não uso de telas para crianças com menos de 2 anos

Na última terça-feira (11), o governo federalista lançou a publicação “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”. O documento orienta o uso das telas de forma saudável e indica práticas com o objetivo de reduzir os riscos associados ao tempo excessivo diante dos dispositivos. Entre as recomendações está o não uso de telas para crianças com menos de 2 anos – salvo para contato com familiares por videochamadas. 

A coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Saúde Do dedo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Dra. Evelyn Eisenstein, destaca que o uso de telas por crianças com menos de dois anos deve ser, no sumo, exclusivamente na presença dos pais para conversar à intervalo com familiares. Ela explica o motivo pelo qual não é recomendado o uso dessas tecnologias por essa fita etária.

“Porque prejudica o desenvolvimento da fala, da notícia. Portanto, nós estamos vendo crianças com problemas de estágio da fala, que não se comunicam e que estão sendo, às vezes, diagnosticadas uma vez que transtornos do espectro autista. Neste momento do desenvolvimento, é importante a muchacho não ter chegada à tela nenhuma”, enfatiza a representante da SBP.

A perito completa que nesta período de desenvolvimento a muchacho possui outras necessidades que podem ser impactadas pelo uso de telas.

“Nós denominamos que a distração passiva é prejudicial. É importante a muchacho estar neste momento nos dois, três primeiros anos de vida, aprendendo a convívio familiar com afeto, com pai, com mãe, com a família, aprendendo a se exprimir. É isso que é o mais importante”, ressalta Evelyn Eisenstein.

Recomendações do guia

Segundo o Ministério da Ensino (MEC), diversos países reforçaram documentos de referência recentemente para serviços digitais relacionados à proteção de direitos de crianças e adolescentes. O guia brasílio recomenda, entre outras ações além do não uso pelos pequenos menores de dois anos:

  • Que crianças, antes dos 12 anos, não tenham smartphone próprios;
  • Que o chegada a redes sociais observe a classificação indicativa;
  • Que o uso de dispositivos eletrônicos, aplicativos e redes sociais durante a juvenilidade, entre 12 a 17 anos, deve ter seguimento familiar ou de educadores;
  • Estimular o uso de dispositivos digitais por crianças ou adolescentes com deficiência, independentemente de fita etária, para fins de acessibilidade.

O documento ainda elenca recomendações destinadas a pais, responsáveis e educadores, destacando temas uma vez que o impacto das telas na saúde mental, segurança online, cyberbullying e a valor do estabilidade entre atividades digitais e interações no mundo real.

Evelyn Eisenstein disse que há quatro grandes grupos de problemas à saúde que podem ser desencadeados às crianças e adolescentes que utilizam telas sem segurança. Confira a lista mencionada pela perito da SBP:

  • Saúde mental: transtornos de sono, irritabilidade, transtornos de humor, impaciência, depressão, problemas de perda de foco, de atenção, de memória, transtorno de imagem corporal, autoestima e até fatalidades por desafios perigosos;
  • Transtornos físicos/corporais: visão (miopia), síndrome do olho sedento, audição (uso de headphones supra de 70 dB), transtornos de alimento (inapetência, bulimia, sedentarismo, sobrepeso, obesidade), transtornos de postura;
  • Transtornos de sexualidade: nudes, injúria sexual ou estupro virtual;
  • Violências: cyberbullying, redes de desinformação, fake news, redes de ódio e de discriminação;

O guia lançado pelo governo brasílio foi coordenado pela Secretaria de Notícia Social da Presidência da República (Secom PR), com participação de outros seis ministérios, uma vez que Mansão Social da Presidência, ministérios da Ensino, da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e da Cidadania, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Rafa.

Estabilidade entre atividades digitais e interações no mundo real

A coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Saúde Do dedo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Evelyn Eisenstein, afirma que é importante que crianças e adolescentes equilibrem atividades digitais e interações no mundo real. Ou por outra, destaca que é preciso estipular limites para o uso de telas para essa parcela da população.

“Zero de ultrapassar 4 a 5 horas de uso quotidiano e uniforme de jogos de videogames com adolescentes, ou virar à noite, por exemplo. É muito importante adolescentes praticarem atividades físicas, esportivas fora das telas; crianças brincarem fora das telas. Usar atividades que nós chamamos na natureza, caminhar, conversar, estar brincando num parque, num jardim, numa praia, sem celular”, expõe a perito.

A Dra. Eisenstein alerta pais e responsáveis a refletirem sobre o uso exagerado de telas para crianças e adolescentes e menciona que é preciso proteger esse público do que está por trás das telas.

“O celular não pode ser uma extensão da mão de muchacho e juvenil nenhum. Importante todas as famílias saberem que existe um outro lado das telas, um mundo lucrativo querendo justamente, de uma certa maneira, escravizar esta muchacho e esse juvenil para se tornar um dependente do dedo. Temos que prevenir tudo isso e proteger a muchacho do mundo das telas e das big techs”, afirma.

Uso de internet por crianças no país e saúde mental

A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, que apresenta os principais resultados sobre o uso da internet por crianças e adolescentes no Brasil, aponta que 93% da população de 9 a 17 anos é usuária de internet no país, o que representa murado de 25 milhões de pessoas. Ou por outra, 23% dos usuários de internet de 9 a 17 anos reportaram ter acessado a internet pela primeira vez até os seis anos de idade. A proporção era de 11% em 2015. 

Já um estudo publicado no Journal of Adolescent Health, que analisou dados de mais de 3,6 milénio jovens dos 14 aos 17 anos, mostra que adolescentes que passam mais de três horas por dia em comportamentos sedentários têm maior risco de enfrentarem problemas de saúde mental no horizonte. Já a exposição moderada às telas (entre 60 e 119 minutos por dia) dedicada a atividades educacionais, uma vez que fazer o responsabilidade de moradia ou ver aulas, foi considerado um fator “protetor”, associado a menor sofrimento mental desse público.

Pixel Brasil 61

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo